Jackson, um jovem sanfoneiro e seu amor pelo Calango da Ilha Grande
Fale um pouco de você…
Sou Jackson dos Santos Pires, tenho 21 anos, sou apaixonado por música, minha mãe é nativa da Ilha Grande, da Praia do Morcego, e meu pai é do Rio de Janeiro. Eu não nasci aqui, mas sinto como se fosse natural da Ilha. Na verdade, é porque eu fui feito aqui.
E como a música começou na sua vida?
Com quatro anos ganhei minha primeira sanfona de brinquedo. No começo eu não me interessava, e deixei ela de lado. Mais ou menos com seis anos comecei a prestar atenção ao som e no jeito que o Constantino, grande sanfoneiro da Ilha Grande, tocava a sanfona dele e comecei a pegar gosto. Acabei aprendendo sozinho e gostando muito.
E qual é a música que você toca? E por quê?
Eu nunca gostei muito de escola. Minha história é mesmo com a música. Desde os seis anos de idade me interessei pela música daqui, que é o Calango. O Calango tem uma batida parecida com o forró e usa o pandeiro, o reco-reco e a sanfona. O calango conta a história da Ilha e faz parte da nossa cultura.
Qual a importância de se manter o Calango na Ilha Grande?
Para mim, as músicas contam sobre a história dos lugares e o Calango conta sobre a história da Ilha Grande. A música fala do passado, da cultura, da história. É isso que eu quero preservar, por isso cumpro meu papel fazendo festas na minha casa, dando continuidade ao conjunto Pratas da Casa e tocando em festas na Ilha. Sou apaixonado por esse lugar e não quero que a história se perca!