Cinzeiros Ecológicos: Simplicidade e Eficiência

Arnaldo Ricardo Paes nasceu em 1961, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, mas desde 1993 mora na Ilha Grande. “Sou um filho adotado da Ilha Grande. Sou apaixonado por esse lugar e cuido dele, pois é minha casa.” Diz ele, quando perguntado sobre a Ilha.

Segundo suas próprias palavras, é “guia, artista, músico e produtor”. Apaixonado por arte e pela natureza, Paz desenvolveu em 1994 o ‘Cinzeiro Ecológico’, simples pedaço de bambu cortado com furos, que serve para os fumantes colocarem as bitucas de cigarro dentro. “Um objeto que faz bem para o meio ambiente e para os fumantes, que nem sempre têm onde colocar suas bitucas”, explica.

Paes, que trabalha há 20 anos como guia na Ilha Grande, teve a ideia de desenvolver o cinzeiro durante um passeio na praia de Lopes Mendes, considerada uma das cinco praias mais bonitas do mundo, quando viu um grupo de pessoas fumando cigarros e enterrando as bitucas na areia. “Estava olhando a cena e fiquei pensando em como isso poderia acabar. Vi um pedaço de bambu por perto, peguei uma faca, fiz um furo e levei até eles. A ideia deu certo e eu não parei mais de fazer.”

Com muitos anos de prática e aprimorando o material, Paz viu uma oportunidade de garantir a continuidade e qualidade do cinzeiro, através do investimento de parceiros e patrocinadores. Começou, então, a fazer cinzeiros temáticos, com nomes e logomarcas, além de escrever a palavra ‘cinzeiro’ em seis línguas diferentes, para que turistas de todos os lugares possam entender e utilizar o objeto.

Usar os cinzeiros ecológicos é uma forma de preservar a natureza e de estimular o trabalho de quem cuida da Ilha. Até hoje os cerca de 30 cinzeiros espalhados pela Ilha já recolheram mais de 20 mil bitucas.

“Preciso cuidar da natureza, porque além de ser apaixonado, ela é também meu ganha pão, minha sobrevivência”. Diz ele, apontando para o cinzeiro, orgulhoso de seu trabalho.

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